domingo, 12 de julho de 2009

Doce, só as nuvens...


Se hoje me chegasse uma flor.

Mesmo tímida.

Mesmo singela e miudinha cheia de tons...

eu saberia ver?

Por tudo de jardim que aprendi e desaprendi,

seria eu capaz de discernir entre a beleza brotante e as ervas daninhas?

Talvez a resposta seja não, quando mais queria dizer sim.

Talvez seja sim, e os olhos se turvem no não.

Então, entre o sim e o não, que ficam os dias de dentro e os dias de fora,

aonde estaria a vivência da flor,

a existência simples de ser?
E se hoje o tempo me fizesse flor.

Mesmo entregue e ao mesmo tempo desconfiada...

eu saberia ser?

Entre o sim e o não, dessa vez pergunto a você...

Pois a coragem de sempre persiste, mas equilibrista anda a fé...
Que a gente saiba fluir, e não seja só uma palavra,

ou uma palavra só.

Fui injusta em alguns momentos da vida,

a maioria das vezes por distração.

De repente eu lembro que de noite existe lua e ao olhá-la percebo que ela não participou do meu céu por muitos dias.

Às vezes só lembramos de olhar para cima quando um pingo de água do ar condicionado inconveniente nos arremata o nariz num dia ensolarado.

Se você tiver auto-estima frágil logo pensará em plástica.

“Um chão enorme desses pras coisas caírem e eu tenho um alvo nasal no meio da cara!”
Quando era criança observava as formigas e me irritava o fato de elas serem mais organizadas do que eu.

Numa espécie de vingança eu tirava a primeira da fila e botava lá para trás!

A-há! Agora se embananaram né?

Mas acho que isso não faz de mim uma Hitler dos insetos faz?


PS: É sobre sentimento que escrevo.

É sobre um amor que nunca morreu,

apenas foi acalmado pelo tempo,

mas que sempre será aclamado pelo coração.

É a amizade que ultrapassa quilometros,

ultrapassa o tempo e não se apaga na lembrança.

É como acordar e lembrar de coisas que aconteceram anos atrás como se fossem no dia de ontem.

Lembrar do seu sorriso acalma minha saudade!

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