terça-feira, 15 de setembro de 2009

Minha estranha loucura...


Existe uma espécie de nuvem pairando sobre a minha cabeça

Pode ser que eu tenha crescido em uma progressão geometrica a cada Natal

ou tenha encolhido, de forma que me iludi tanto e...

passei a me ver como rascunho grande e melhor.
Quando criança sonhava, tinha milhares de aptidões,


poderia ser domadora de tartarugas se desejasse,

plaft pum!, assim, do nada, impulsivamente,

eu poderia ser uma rainha ou um mendigo com síndrome de D. Quixote.

Daí que aquela criança esticou,

pela necessidade, para não se afogar,

para não ser pisada, para não ser mais um brinquedo,

sabe no que deu essa esticadeira?!

Em menos aptidões, agora sou limitada,

posso fazer mil coisas,

mas elas não são tão gostosas no plano mental como costumavam ser.
Os grandes seres pustulentos me forçam a ser um rascunho mais real,


querem logo ver minha arte final,

virei um bicho da seda de quinquilharias,

fico comprando coisas que não me faltam

por achar que elas realmente me são necessárias,

sou o conforto das corporações.
sou uma cobra de mim mesma,


cada vez mais busco a criança que me foi tirada,

preciso, mesmo em carne viva, sobreviver.
É chegada a hora de voltar aos tempos de


"escreva uma redação com o máximo de 30 linhas sobre o que você faria se o mundo acabasse amanhã",

bons tempos da aula da tia Luiza, eu e meu lápis mudavamos o mundo!
Quero escovar os dentes com Kolynnos,


quero me ver no espelho e sentir que aquela boboca que acreditava no

"paz e amor, bicho, môrô" ainda vive aqui.

Que vida sem graça, cujo os anos não voltam mais

e só nos resta a nostalgia, que semana que vem vira produto da indústrica fonográfica.



PS:Nem tudo se atribui a fantasia, ou nem mesmo se define em loucura.