terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sonho e a vida...


Uma hora a gente joga,

outra hora é a vez da vida jogar.

É assim sempre...

Mas, às vezes, a gente quer forçar a barra da vida,

impor a ela nosso desejo, enquadrá-la à nossa pressa,

determinar o seu tempo, ditar sozinho a ordem das cenas do grande roteiro.

Acontece que a vida também é rio, é mar;

está sujeita às correntezas, às luas, às tempestades, aos sóis,

aos desígnios do vento e nos põe diante da sua verdade incontestável:

Ela flui...

E nos cabe respeitar esta fluência....


PS:Às vezes acho que já sofri bastante e que daqui pra frente vai ser melhor,

vou me sentir aliviada...

mas dai eu me lembro que o pior ainda vai vir e a saudade vai ser muito grande...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Caixas de mudança...




Forçaria meus dentes ao rangir calada...
da noite que não pôde ser de núpcias,

mas que com toda a falta de farsa e com toda a magia guardada...

debaixo do travesseiro se desfez porque?

Por que precisa...

Algo se move...

algo se acomoda e

algo se desfaz...

Ai de mim!

Diziam-me as bruxas espancadas na rede da monotonia...

Gemiam quase que sexualmente ao lembrar de cada abraço perdido antes do anoitecer....

Sussurravam e diziam umas para as outras:

-Agora é noite, pode largar a respiração..

E era assim: o vento voltava a assoviar,

as portas abriam fazendo seus barulhos suspeitos e bem decorados de frases sombrias...

e os dentes...

Ah! Os dentes com aquele rangido....

Pedi perdão ao presépio e ninguém me respondeu...

Resolvi calar...

Deixei meus pecados por aí...

e continuei a contar Era uma vez...

Foi-se os dias...

e mais devagar as horas a marcar pedaços de tempo no sol do meio-dia

que virava quase a tardinha do mate quente na boca....

o gosto do não escovar os dentes...

e o apelo pela roupa suja no chão...

pude ouvir mais uma vez o teu barulho...

O mar já se colocou de pé.

As veias da cabeça já se salientaram azuis...

É fácil desembrulhas as caixas,

o difícil é carregá-las.

Nós sabemos disso...





PS: A intensidade dos ventos se mede com a vontadede ficar...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Meu pequeno mundo em fragmentos...



Tudo certo, existe sim uma linha de calmaria nessa coisa toda de se deixar levar.

Parece dificil né?! Essa coisa de viver cada segundo,

se doar, cair de cabeça, fazer o que se tem vontade, seja por prazer,

por vicio ou por plena burrice (no caso do amor).
Conseguir se deixar levar é mesmo complicado,

talvez seja o tipo de coisa que leve tempo para alguns e a vida toda para outros,

sério, tem gente que simplesmente não consegue, se

embola todo, começa a se coçar, manda logo todo mundo tomar...

suco de laranja e simplesmente vive na mesmice do final de semana sem emoção,

se contenta em apenas dar banho no cachorro,

Não que eu seja doutora em emoções e aventuras,

mas consigo me esquivar um pouco do diz que me disse do cotidiano.

Caminhei pela cidade um dia desses e me senti tão feliz, sei lá,

coisa simples, mas pensei: poxa, vou prestar mais atenção nas pessoas,

na rua, nos sinais que a cidade vai me mandando,

vou transformar o meu olhar,

antes de começar achar que era uma idéia idiota e muito melosa...

a chuva começou a cair, uma moça se aproximou e dividiu a sombrinha dela comigo,

andamos um quarteirão juntas, a moça me falou do marido,

da separação, dos filhos dela e do tempo chuvoso.

Falamos tchau como se fossemos nos ver no outro dia.
Aí eu tive a certeza que coisas estranhas, pequenas e boas acontecem.

Se tu esta bem e acredita em alguma fagulha de altruísmo nesse mundo sujo,

tu fica assim, com uma cara receptivél,

atrai sombrinhas, atrai alguma coisa como água potavél

ou alguém dizendo loucamente que sente falta do teu beijo (essa última já é outra situação).
Estou aqui, insana, estou pronta para lutar contra o não-sentimento,

Cai de cabeça mesmo, faz a merda da pipoca de panela aberta. (escrevi palavrão , dizem que isso é falta de vocabulário, mas nesse caso não é, apenas quero acreditar nisso tudo e querer chocar o professor Pasquali).
Então é isso...

entre o sim e o não, existe apenas tres pontinhos...

PS: Queria ser como nuvens, que se modificam a cada vento, e formam outras figuras, até chover e lavar os olhos de quem as vê na esperança de encontrar algo que não está lá.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sutilmente feroz...



Parece engraçado dizer que meu tempo feliz parece me agoniar,

estou andando pela estrada caída e nem sei para quais fotos olhar.

Minha pele pergunta porque o sol queima desse jeito.

Pensei que fosse fácil sorrir,

houve momentos que sorri mais

e agora se me forço lembrar, posso enxergar seu olhar perdido,

fitando minha pele.

Perto de ti ele é maior que o corredor de bebidas do supermercado.

Quero parar de pensar tanto, quero sentir teus poros e me lambuzar na tua pele,

comer tua respiração, e como um urso feroz me esfregar em ti,

deixar a insanidade aflorar ao ponto de ser egoísta,

erotica, obscena.

A tua saliva que reuposa lentamente na minha,

nossos lábios que se encaixam em uma dança quase romantica.

É hilário pensar que existe tempo, que existem ponteiros.

Quero brincar de te mostrar a ponta das minhas lengeries,

quero roçar meu rosto na tua nuca e te ouvir sussurrando que não me quer,

mas me agarrando como quem quer me engolir.

Vou cometer um crime, quero rasgar as convenções

e morrer de prazer só de falar teu nome ao telefone.

Podemos tomar um chimas também, se isso for mais excitante.



PS: GELO PRA MIM É ÁGUA...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Minha estranha loucura...


Existe uma espécie de nuvem pairando sobre a minha cabeça

Pode ser que eu tenha crescido em uma progressão geometrica a cada Natal

ou tenha encolhido, de forma que me iludi tanto e...

passei a me ver como rascunho grande e melhor.
Quando criança sonhava, tinha milhares de aptidões,


poderia ser domadora de tartarugas se desejasse,

plaft pum!, assim, do nada, impulsivamente,

eu poderia ser uma rainha ou um mendigo com síndrome de D. Quixote.

Daí que aquela criança esticou,

pela necessidade, para não se afogar,

para não ser pisada, para não ser mais um brinquedo,

sabe no que deu essa esticadeira?!

Em menos aptidões, agora sou limitada,

posso fazer mil coisas,

mas elas não são tão gostosas no plano mental como costumavam ser.
Os grandes seres pustulentos me forçam a ser um rascunho mais real,


querem logo ver minha arte final,

virei um bicho da seda de quinquilharias,

fico comprando coisas que não me faltam

por achar que elas realmente me são necessárias,

sou o conforto das corporações.
sou uma cobra de mim mesma,


cada vez mais busco a criança que me foi tirada,

preciso, mesmo em carne viva, sobreviver.
É chegada a hora de voltar aos tempos de


"escreva uma redação com o máximo de 30 linhas sobre o que você faria se o mundo acabasse amanhã",

bons tempos da aula da tia Luiza, eu e meu lápis mudavamos o mundo!
Quero escovar os dentes com Kolynnos,


quero me ver no espelho e sentir que aquela boboca que acreditava no

"paz e amor, bicho, môrô" ainda vive aqui.

Que vida sem graça, cujo os anos não voltam mais

e só nos resta a nostalgia, que semana que vem vira produto da indústrica fonográfica.



PS:Nem tudo se atribui a fantasia, ou nem mesmo se define em loucura.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

OBSERVAÇÃO...

(Baseado em um filme visto no feriado)

Em algum lugar do tempo...
A natureza das coisas são incontrolavéis...
Mas de alguma forma, a vida é ciclica...
Na beira de um lago, um escorpião assustado, procura desesperadamente fugir de uma terrivel enchente..
Ao longe avista um sapo, que nadava na superficie...
Já ofegante o escorpião grita:
-SAPO!!por favor!me ajude!eu não sei nadar, vou morrer nessa enchente, me leve com você!
O sapo receioso diz:
-Mas se eu te levar, você vai me atacar com sua calda, e seu veneno seria fatal...
Então o escorpião assustado e disposto a tudo falou:
-Mas se eu te atacar, eu morreria também, não vou fazer isso...
O sapo convencido, vira-se para que o escorpião subisse em suas costas...
Na metade do caminho, em um movimento preciso e rápido, o escorpião ataca o sapo, que agonizando pergunta:
- Porque você fez isso?eu confiei em você!
E o escorpião visivelmente abalado responde:
- Me desculpa!é dá minha natureza, eu realmente não queria ter feito!
Os dois morrem sem que tivessem a oportunidade de se compreenderem.
Deus diante desse fato, deu-lhes outra vida, e a mesma situação.
e...
o escorpião desesperado...

-SAPO!!por favor!me ajude!eu não sei nadar, vou morrer nessa enchente, me leve com você!

O sapo receioso diz:

-Mas se eu te levar, você vai me atacar com sua calda, e seu veneno seria fatal...

Então o escorpião assustado e disposto a tudo falou:

-Mas se eu te atacar, eu morreria também, não vou fazer isso...

O sapo convencido, vira-se para que o escorpião subisse em suas costas...

Na metade do caminho novamente, em um movimento preciso e rápido, o escorpião ataca o sapo, então o escorpião lhe pergunta:

-Porque você me ajudou novamente, porque fez isso?

e o sapo lhe respondeu:

-É da minha natureza, ajudar quem precisa, mesmo que isso me custe muito caro.

Então os dois morreram novamente, mas com a certeza de que não se muda a essencia, o que muda são as vivências...

Por isso não dá pra ter medo, mas também não dá pra se jogar na água se não sabemos nadar.

Não devemos mudar nossa natureza porque a natureza de outra pessoa não é igual a nossa.

Não devemos dar o "troco", "

pagar com a mesma moeda".

O escorpião age conforme a sua natureza e eu vou agir conforme a minha.

Seu coração só pode dar o que nele está cheio..



PS: O QUE VOCÊ OUVE QUANDO ESTÁ SOZINHO? QUANDO NÃO HÁ MAIS NADA PARA SER OUVIDO.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

SUSPIROS...



A crença de que os outros não deveriam nos ter tratado como o fizeram é, obviamente, um erro.
Em vez de ficarmos com raiva da forma como fomos tratados, precisamos aprender a ver tal tratamento de outra perspectiva.

Eles fizeram o que sabiam fazer, dadas as condições de suas vidas.
Aprender a perdoar envolve aprender a corrigir as más interpretações que criamos com nossa própria visão das coisas.
Quando compreendermos que somos nós que fazemos acontecer tudo que ocorre em nossa existência,
então estaremos numa posição de saber
que até fazemos os outros acontecerem em nossas vidas para termos a quem culpar.
Quando tivermos nossos pensamentos claros,
chegará ao ponto em que não será mais necessário praticar o perdão.
Teremos percebido que a vida é uma série de acontecimentos que criamos ou atraimos para nós mesmos.
Assim, perceberemos que não há nada a perdoar,
porque não há nada a julgar e ninguém para culpar.
se espera muito nesses dias úmidos.
quando passar o que poderá me preencher?
a lua, o mar, o vento, a chuva as estrelas
não saberiam me contar como você está saindo de um plano tão lindo de uma cena que eu posso ver quando eu fecho os olhos
sonho com uma cor e tons de você
dessa imensa ventania que antes era o movimento,
mais febril e inovador, da sua ferida!
o seu descaso!
para com essa emoção da tortura dos seus olhos...
da sua mágoa!
do seu desrespeito,com o outro da sua falta de companhia
de sentimentos baratos e superficiais
do mundo de cara amarrada,
do gosto amargo no céu da boca!
da falta de saudade.
de ter perdido o medo de tudo!
de não querer...
de simplesmente ter por ter.
Sem sentido algum...
de ir sem saber?
para que? e porquê?
pergunto!


PS:QUEM AMA, VIVE NUM MUNDO DE AMOR..
QUEM É HOSTIL VIVE NUM MUNDO HOSTIL.
CADA PESSOA QUE VOCE ENCONTRA REFLETE A SUA IMAGEM.
QUANDO VOCÊ VAI PERCEBER,
QUE NÃO HÁ NADA DE QUE PRECISE,
QUE VOCÊ JÁ NÃO TENHA?