
Encontrei-me perdida, assustada, sozinha.
Soltando a liberdade num infinito desconhecido entreguei a alma ás incertezas que me seguiam...
E deixei-me guiar em passos inseguros, na direcção do abismo.
Numa atração sentida, fiz um julgamento interno, deixando-me guiar pela ilusão.
Numa atração sentida, fiz um julgamento interno, deixando-me guiar pela ilusão.
Com a certeza contraditória daquilo que senti, ao imaginar que o abismo seria a conquista da liberdade, onde poderia voar pelos sentimentos.
Desejando para mim mesma, a libertação de mim, fiz dos meus passos um ritmo acelerado...
Queria lá chegar, cair no oculto e agarrar o espaço vazio,
Queria lá chegar, cair no oculto e agarrar o espaço vazio,
na tentativa de preencher o meu próprio sentir.
Senti-me perdida, confusa...
Na imensidão da liberdade, quis-me encontrar.
Queria a conquista do abismo, mas a crueldade do desconhecido, transmitia-me um medo sufocante, paralizante da coragem que me fazia caminhar,
na direção do destino que julgava tão perto de mim.
Procurei no caminho a segurança, tentando não dar nenhum passo em falso,
Procurei no caminho a segurança, tentando não dar nenhum passo em falso,
que provocasse a queda da minha decisão...
Segui em frente...
Á procura de mim, tentei-me encontrar.
Sem conseguir dominar os sentidos, deixei que lágrimas soltas me alertassem para o objetivo da minha caminhada.
Lutando contra a minha própria vontade...
Devagar...
Segui em frente.
Embriagada pelo cansaço, deixei que o espirito numa luta desigual, fizesse prisioneiro o meu corpo...
Embriagada pelo cansaço, deixei que o espirito numa luta desigual, fizesse prisioneiro o meu corpo...
e juntos caíssem no abismo que procurava.
Rendida, julguei alcançar o desejado encontro.
O encontro de mim mesma...
Vencendo os meus medos, fechei os olhos.
E deixei uma paz invadir-me de certezas, desenhadas pelo oculto...
Fazendo-me acreditar que a conquista do abismo,
não é de todo o encontro do que procuro, e que jamais me encontrarei...
Sentindo-me vaguear pelos mistérios do infinito, agarro-me á esperança que alguém me possa encontrar perdida dentro de mim ...
Na hora certa, pra ambos...
Sem que o passado interfira, que o presente seja inconstante e que o futuro, nos espere lá na frente...