sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Primeira Pessoa.


Então alguem me disse:

Escreva o que sente em primeira pessoa uma vez na vida!!!

Talvez eu nunca tenha percebido o tamanho da minha dificuldade de falar o que realmente sinto. Embora sempre procuro viver de maneira sincera com as pessoas que significam algo pra mim, ainda não sei expor o que sinto.

As pessoas que estão repletas de dúvidas tendem a ser dogmatistas que nunca estão erradas.
Mas os sentimentos subjacentes às minhas idéias, julgamentos e convicções são unicamente meus. Ninguém pertence a um partido político, ou adota uma convicção religiosa, ou está comprometico com alguma causa, sentindo exatamente o meu entusiasmo ou minha apatia. Ninguém experiencia o mesmo senso de frustração que eu, trabalha sob meus medos ou sente minhas paixões, Ninguém se opõe à guerra com a minha indignação particular ou experimenta o patriotismo com o meu senso único de lealdade.
São esses sentimentos, nesse nível de comunicação, que devo compartilhar com você, se quiser lhe dizer quem sou realmente.
A maior parte das pessoas sente que o outro não toleraria tal honestidade emocional na comunicação, isso ocorre não apenas em relacionamentos ocasionais, mas também com a nossa família.
Como consequencia, nem crescemos, nem ajudamos os outros a crescer.Qual quer relacionamento que pressuponha um encontro verdadeiro e pessoal deve ser baseado nessa comunicação honesta.

Me disponho aqui neste blog a dar um passo além de meu confinamento solitário. Vou correr o risco de lhes falar sobre algumas de minhas idéias e revelar alguns dos meus julgamentos e decisões ( o que faço desde o início). No entanto mantenho minha comunicação sob restrita censura.À medida que comunico minhas idéias, observo cuidadosamente suas reações, quero testar a temperatura da água entes de mergulhar, quero estar certa que vai me aceitar com minhas idéias.Se você levantar a sombrancelha ou apertar os olhos, se bocejar ou olhar o relógio, vou me retirar, provavelmente para um terreno mais seguro, vou me refugiar no abrigo do silêncio, ou mudar o tema da conversa.
Algum dia talvez despeje toda a minha verdade sobre você.Será o meu momento de verdade!Pode ser que eu já tenha feito isso antes, ainda assim, você só conhece um pouco a meu respeito.
Então o seu mais leve olhar vai me fazer facilmente, desabrochar apesar de eu ter me fechado como um punho cerrado, você me abre sempre pétala por pétala como a primavera abre (tocando misteriosamente) sua primeira rosa.
Minha fortaleza pessoal é construída de um material maleavel e perecível!!Então tenha cuidado com a força do seu vento, e a quantidade de chuva de suas nuvens...


beijos...


Clá, muito obrigada pela tua sinceridade, é muito especial pra mim...