
Forçaria meus dentes ao rangir calada...
da noite que não pôde ser de núpcias,
mas que com toda a falta de farsa e com toda a magia guardada...
debaixo do travesseiro se desfez porque?
Por que precisa...
Algo se move...
algo se acomoda e
algo se desfaz...
Ai de mim!
Diziam-me as bruxas espancadas na rede da monotonia...
Gemiam quase que sexualmente ao lembrar de cada abraço perdido antes do anoitecer....
Sussurravam e diziam umas para as outras:
-Agora é noite, pode largar a respiração..
E era assim: o vento voltava a assoviar,
as portas abriam fazendo seus barulhos suspeitos e bem decorados de frases sombrias...
e os dentes...
Ah! Os dentes com aquele rangido....
Pedi perdão ao presépio e ninguém me respondeu...
Resolvi calar...
Deixei meus pecados por aí...
e continuei a contar Era uma vez...
Foi-se os dias...
e mais devagar as horas a marcar pedaços de tempo no sol do meio-dia
que virava quase a tardinha do mate quente na boca....
o gosto do não escovar os dentes...
e o apelo pela roupa suja no chão...
pude ouvir mais uma vez o teu barulho...
O mar já se colocou de pé.
As veias da cabeça já se salientaram azuis...
É fácil desembrulhas as caixas,
o difícil é carregá-las.
Nós sabemos disso...
PS: A intensidade dos ventos se mede com a vontadede ficar...