sábado, 6 de dezembro de 2008

A árvore, que muito se contorcia tentando fugir do vento,um dia descobriu o céu.


Sinto cada peso, desse volume inegualável,que se arrasta lá fora. Cada estralo, retumba na minha cabeça como uma pedra em alta velocidade.Tento me acostumar com esse mundo que se esconde atrás das cortinas, mas está ficando cada vez mais difícil compreender a realidade.Busco a minha alma, em pequenas palavras, busco-me! Onde será que estou?A inspiração, não habita mais esse corpo cansado…cabeça cansada de pensar! Acumulo stress, acumolo-me!Sento na beirada da cama, deixo o vento passar. Ele desordena meus cabelos, em um sopro de ar encontro-me, mas logo me perco. Ando na direção contrária do imaginário impossível.Caminho de trás pra frente, para ver se faz algum sentido, mas não.Eu perdi a poesia desses meses, neles nada criei.Me recolhi. Acho que devia estar bem. Mas não posso dizer que estou. Apenas fecho a janela, para parar de sentir.Que venham os dias de verão, que queimem a minha vida. Ponham fogo em tudo, que nem cinzas sobrem dessa escuridão. Que a vida se renove. Que um novo jardim floresça e que eu reaprenda a amar o vento!
De tempos em tempos, as cores se renovam. O azul que se torna verde, o amarelo que se desmancha em transparente, o preto que encontra sua paz no branco.De mãos vazias ao peito cheio de medos. Um novo início ou um velho recomeço? do que já se viu, já se fez, já foi dito, sentido, desejado, perdido.A paixão é passageira,a saudade é para a vida inteira...Vamos? Vou! Você vai, em direções contrárias, alguém está acenando,e começamos a sorrir...depois choramos,e mais uma vez...em milhões de vezes,somos os mesmos...traçando e descobrindo,novos e velhos segredos...
E no final eu dei uma lágrima em silêncio.Para você que não sabe as cores que tenho, e muito menos, o sabor do meu amor.
E as ondas,
incansávelmente indecisas,não sabem se ficam na areia da praia
ou se voltam para o fundo do mar.

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